quinta-feira, março 18, 2010

Tempo...morrer...viver...

O tempo...

Bom o tempo é algo muito complicado de definir. Isto, claro considerando que não estou a falar no sentido epistemológico da palavra, caso contrário bastaria consultar um dicionário e apagar todos os dilemas e todos os problemas que me assombram...

No entanto este tempo que eu aqui falo é mais referido ao tempo que temos neste mundo...e que por mais longos que os dias pareçam, todos eles passam a voar...

A única certeza que nós temos na nossa vida é que vamos morrer, todos nós temos o tempo contado, a única constante é a morte...
E ao contrário do que muitos pensam não é ela que nos persegue, nós é que caminhamos ao seu encontro, cada dia que passa é apenas mais um passo na sua direcção...


E considerando isto torna-se muito complicado definir o tempo, pois tal como Santo Agostinho disse, se me perguntarem o que é o tempo eu não sei, agora se não me perguntarem, ainda sou capaz de dizer uma coisa ou outra...


Se virmos bem o próprio tempo é relativo, porque duas horas, dependendo daquilo que estamos a fazer podem parecer uns segundos ou uma eternidade...
Existe uma grande diferença entre o tempo real e o tempo psicológico, por mais que tentemos negar todos nós sabemos que uma hora numa sala de aula "nunca" passa tão depressa como uma hora com os amigos, ou a jogar, ou a ver um filme, ou o que quer que seja que nós possamos gostar de fazer...

É por isso que de um certo ponto de vista ás vezes pode ser útil/necessário, fazer algo que não é exactamente do nosso agrado, algo que não gostamos tanto quanto isso, porque talvez assim, o tempo pareça mais longo, talvez as horas se "prolonguem", talvez por momentos sejamos transportados para uma universo paralelo em que o tempo pára, e nós vivemos durante mais um pouco...

Na realidade isso não acontece, e o tempo que demora é exactamente o mesmo, mas em que a nossa mente acredita e aquilo que ela sente é tão ou mais forte que a própria realidade...
E a imaginação é uma das ferramentas mais poderosas de que o ser humano dispõe...

Num certo ponto, ao fim disto que eu já escrevi aquilo que eu realmente quero que seja retirado deste texto, apesar de poder não ter sido assim tão claro, é que aquela máxima de viver cada segundo como se fosse o último tem nela alguma razão de ser...

Pois tal como eu tenho vindo a dizer ao longo deste texto, todos nós vamos morrer e não vale a pena ter medo ou receio, o que temos de fazer é a coisa racional e inteligente...aceitar.
E viver a vida não pensando muito no assunto, mas nunca esquecendo aquilo que está para vir...
Não há forma de mudar isso, esse é o destino de qualquer ser vivo: nascer, crescer, desenvolver-se e morrer...
No entanto morremos sabendo que somos eternos, e não me refiro a isso de um ponto de vista particular como dizendo que ao fim de morrer se irão recordar de mim, porque isso não é verdade, refiro-me a um nível geral...ao fim de eu como Homem morrer, ainda ficam muitos para trás, o Homem continua e se virmos as coisas dessa perspectiva geral, então todos nós somos eternos...
E aliás, temos mesmo de ver as coisas dessa perspectiva, porque se quisermos viver de forma particular e singular, olhando e preocupando-nos só connosco e com a ideia de que vamos fazer muita falta a este mundo, então a única coisa que fizemos na nossa vida foi iludir-nos...porque aquilo que temos de compreender é que singularmente todos nós somos insignificantes e o mundo está-se cagando para o facto de eu, ou tu ou quem quer que seja (enquanto indivíduo) morrer...

Já que falo nisto posso também já focar o ponto de que por mais que queiramos negar, todos nós precisamos de alguém, precisamos de ter contacto com outras pessoas ao longo da nossa vida, não podemos viver ignorando os outros e a forma de como eles afectam a nossa vida, o ser humano constitui-se enquanto pessoa comunicando com os outros...
E eu sei que isto é assustador para algumas pessoas, tudo é mais simples quando não temos de falar com os outros, quando pudemos fazer tudo aquilo que temos de fazer com o menos contacto possível, eu sei...muitas vezes esforço-me para que isso aconteça e trabalho nesse sentido...e admito que erro, e erramos...
A verdade é que o outro (o outro sendo qualquer pessoa que não conhecemos) é desconhecido para nós, e o desconhecido é perigoso e assustador, mas a vida é isso mesmo, é o desconhecido, o próprio futuro é algo negro, escuro e cinzento, e no entanto nós não pensamos nisso e todos os dias damos um passo em frente, lutando para sobreviver e trabalhando para algo, para um objectivo...
Por isso temos de pensar nas pessoas e nas relações que temos com elas de igual maneira...


Para terminar porque isto já se está a prolongar muito, quero dizer que devemos viver o presente e esquecer o passado e o futuro...
Tudo o que existe é o presente, quanto muito existe tal como Agostinho diz um presente do passado e do futuro.
Pois mesmos aqueles que só pensam naquilo que já aconteceu, não estão a viver no passado, estão a viver no presente, só que estão a viver o passado no presente...
Não quero com isto dizer que devemos esquecer o passado, longe disso, o passado foi o que nos trouxe onde nos encontramos neste momento, e quer gostemos do sítio onde estamos quer não, não podemos mudar isso...as escolhas, certas ou erradas trouxeram-nos aqui, tudo o que nos resta agora fazer é pensar naquilo que queremos fazer a seguir...temos todas as portas abertas e com as nossas escolhas se as pensarmos bem conseguimos entrar naquelas que nos irão favorecer, o passado é de onde viemos, o presente é onde estamos e o futuro aquilo para onde vamos, e se ponderarmos bem cada passo, então o que está para vir pode ser maravilhoso...
Por isso vivam o presente, nunca esquecendo o passado ou o próprio futuro, mas não se agarrem a estes dois...

O texto de hoje apesar de poder estar pobre em termos de organização de conteúdos, acho que está rico na mensagem e espero que de alguma forma consigam retirar daqui algo de útil...



O facto de ele estar assim tão complicado deve-se a que eu não fazia a mínima ideia daquilo que ia escrever quando comecei...pensei que fosse só falar sobre o tempo, mas aparentemente tinha mais qualquer coisa a dizer...

domingo, março 14, 2010

Dia do Pai


O Dia do Pai está aí a chegar, e com isso chega também muito marketing e empresas que tentam lucrar da melhor forma possível os muitos filhos que querem demonstrar ao pai o quanto ele significa para eles, apesar de toda a porcaria que fazem durante os restantes 364/365 dias do ano!
Um pai só se pode sentir orgulhoso pelo porta-chaves ou pelo cartão que irá receber do filho, como forma de arrependimento por todo o mal que fez! Isso sim, isso é aMor, com M maiúsculo! (Se não entendes a piada também não vale a pena explicar...triste!)
Mas o motivo pelo qual vos estou a escrever hoje, é por um email que recebi.
Um email que veio de um site que vende livros online (não vou dizer qual com o receio que me cancelem a conta!).
Neste email que recebi eles estavam a recomendar livros, que de acordo com eles são o melhor presente que se pode dar a um pai....
E houve um desses livros que me saltou logo à atenção, não apenas pela sua criatividade no título e capa, como na sinopse da história...aquele livro respira Dia Do Pai, por cada magnífica das 336 páginas que o constituem, o que se virem bem dá quase um ano completo, ou seja o vosso pai se ler pouco menos que uma página por dia consegue acabar de o ler no próximo Dia do Pai, onde irá ansiosamente esperar outro magnífico livro que demonstre tanto amor e respeito como este sem dúvida o fará...
Sem adiar mais, eu vou finalmente dizer o título desta magnífica obra: "O rapaz que Falava Com o Diabo"...
Logo ao ler isto um pai só pode olhar para o seu filho e sentir felicidade e orgulho, pode também assustar-se e querer internar o filho ou ir com ele a um psicólogo, mas quase de certeza que vai sentir a felicidade e o orgulho...
Depois como podem observar pela imagem deste texto, a capa é outro rasgo de imaginação brutal por parte dos criadores, é que isto é absolutamente incrível, a capa consegue ser tão assustadora quanto repugnante, porque não é todos os dias que vemos um rapaz com uma cara obviamente defeituosa, com cornos, e depois com uma cor que se assemelha ao sangue...que sem dúvida ele bebe das pessoas que mata com os cornos!!!
Mas se ainda restar em vocês alguma dúvida quanto ao facto se devem comprar este livro ou não, de certeza que todos esses receios irão desaparecer quanto eu vos contar sobre o que trata a história deste magnífico livro, que sem dúvida vai ser o mais vendido do mês.
O livro conta a história de George Davis um homem que se torna pai (como podem ver está relacionado com o tema de hoje, mas vemos ler o resto para ver o que nos guarda esta magnífica história!), mas ele sente-se constrangido e estupefacto pelo facto de não só não conseguir tocar no seu filho, como nem sequer consegue aproximar-se dele (o que é capaz de ser um cenário possível para o pai que receber este livro por parte do seu filho).
Então o que é que George decide fazer ? Falar com o filho, rezar, esforçar-se por tocar no seu filho e ganhar amor e afeição por ele? Quase, ele faz a coisa que a seguir a toda esta lista que eu enumerei é sem dúvida a melhor decisão...ele vai a um psiquiatra (porque eles resolvem tudo e são mágicos da mente!)...
Lá, no consultório do psiquiatra, George vai revelar episódios traumáticos da sua infância, desde a morte misteriosa do seu pai (estou mesmo a achar que o autor deste livro que se se chama
Justin Evans, decidiu sem dúvida alguma escrever este livro já a pensar no Dia do Pai...quem sabe se no fim não tem uma dedicatória ao seu pai!), e recorda-se também de que quando era criança recebia visitas de uma estranha aparição, essa aparição tinha a forma de um rapaz e revelava-lhe factos muito perturbadores sobre o seu pai (e não larga o assunto, pai a toda a hora...e já de agora, a visita de George ao psiquiatra já não parece uma decisão tão estúpida quanto isso!).
E a sinopse acaba com a pergunta: "Mas este rapaz existe mesmo, ou será tudo apenas o fruto da imaginação de um rapaz perturbado?"
Opá não sei responder, mas que o George é doido não há dúvidas, e o psiquiatra deve estar assustado, e o filho deve estar ou sozinho em casa ou com a coitada da mãe que casou com o maluco do George...
Seja como for isto é o presente ideal para o Dia do Pai, sem dúvida, absolutamente imperdivel...
Se acharem que este livro não serve, este magnifico site que eu prefiro que permaneça no anonimato, tem ao lado outras maravilhosas sugestões relacionadas com este livro, sendo elas: Danças malditas, O Círculo da Morte ou A verdade nos Olhos...isto são sem dúvida sugestões maravilhosas que eu acho que podem tornar este dia do pai absolutamente espectacular...

sábado, março 13, 2010

Tudo tem um início...


E tudo tem um fim...logo este blogue mais cedo ou mais tarde vai acabar...
Podes achar que eu sou parvo por estar a criar um blogue e começar logo por dizer que ele vai acabar, e se realmente achares isso, tudo o que eu te posso dizer é:
-Parvo és tu meu animal!
Agora, visto que já esclarecemos isso e já nos ofendemos mutuamente (se não ofendeste não vou pedir desculpa, dei-te uma oportunidade) podemos seguir em frente, para assuntos mais importantes...ou menos estúpidos, como preferires.
Porquê criar um blogue agora ? Bom, porque eu olhei para a data e vi que era 13 de Março de 2010, e de seguida fui à Wikipédia ver o que aconteceu neste dia e fiquei a saber que a 13 de Março de 1781 William Herschell descobriu Urano, a 13 de Março de 1940 terminou a Guerra Soviético-Finlandesa e como se ainda não fosse suficiente a 13 de Março de 1979 entra em vigor o Sistema Monetário Europeu!!! E depois reparei que faltam 293 dias para acabar o ano e nesse momento soube que era o meu dever, criar um blogue e passar ao mundo, ou aos dois tristes que não têm mais nada que fazer e vieram ao blogue chamar-me parvo...toda esta informação extremamente útil, e que quase de certeza que vos era desconhecida...
Quanto à estrutura que este blogue terá, ainda não tenho bem a certeza, até porque não sei qual vai ser a frequência com que aqui irei escrever, mas pronto seja como for englobará, textos, imagens e talvez uns vídeos...eu sei estou a rebentar-vos a cabeça com tanta excitação...já não se deviam sentir assim desde que viram o Avatar no cinema!!
Provavelmente tudo o que for escrito neste blogue, fora talvez uma excepção ou outra, irá ser da minha autoria e como tal...será avaliado com um 12 pela Professora Ana Maria Umbelino!!
Mas ela não me compreende e já não me dá aulas, por isso também não interessa, e um 12 ao contrário é um 21, o que numa escala de 20 é impossível, mas eu sou sou imprevisível e gosto de surpreender...
E escrevi aqui o nome da minha professora porque acho Umbelino um nome muito caricato e giro de escrever...Umbelino...e o meu computador não o conhecia o que também achei fofo...
Para acabar este texto de introdução que já se prolongou por um bom bocado, e se alguém ainda o estiver a ler eu digo:
-És deprimente!
Vou dizer uma frase muito inspiradora que já me ajudou a superar momentos de grande angústia:
-A vida é como uma caixa de chocolates, tu nunca sabes o que vais encontrar!!
Esta frase está presente no filme Forrest Gump, e é dita pelo Forrest Gump, brilhantemente desempenhado por Tom Hanks (só de pensar que queriam dar o papel ao Travolta!!).
O que é que significa ? Não sei bem, mas sem dúvida que é filosófica e assim sendo nos faz questionar tudo aquilo que a vida é, que nada é certo, e que tudo é uma surpresa neste longo e difícil percurso que é viver...
Ou eu posso ter inventado isto e é uma frase muito parva que apenas nos faz questionar sobre o género de chocolates que a mãe do Forrest Gump comia...
Deixo isto ao vosso critério.


P.S. Se ho0uver algum erro na escrita peço desculpa à Prof. Maria Umbelino e espero que não me baixe a nota para 11...